terça-feira, 26 de julho de 2011

Antíteses. Pronto, arranjei o termo perfeito pra falar do que somos. Lembra daquele dia? É, aquele dia como todos os outros, sem nada de especial, eu sei que você lembra. Subir de elevador, largar a mochila no sofá, digitar nesse teclado meio velho, olhar pela janela, tomar um suco de maracujá, pensar em quem já se foi. Eu sei que você lembra porque você não tem nada de interessante e recente pra lembrar. Mas, sabe… Quando a gente muda, a gente fica com saudade da gente. Engraçado, não é? Torto demais, contraditório. Quando a gente troca o sabor do suco, leva um tempo pro estômago se acostumar. E se tirassem o sofá da sala? Jogar as coisas no chão, jogar as lembranças no chão, se jogar no chão. Credo. Melhor deixar como está. O cotidiano pode até ser rotineiro, mas ele não deixa de ser amigo. Ele é estupidamente fiel, e tudo o que você quer é se afastar. É o pior defeito, ser desleal. Abraça essa rotina que nunca te deixa, não permita que ela saia do seu pensamento só porque houve um dia com fogos de artifício. Você esqueceria de uma pessoa que esteve ao seu lado a vida inteira por alguém que ficou ali somente um instante? (Zaluzejos)

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